Oficina da Palavra - Curso de Redação

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Aluno: Matheus Rosa - 1º semestre de 2010

8/12/11Este espaço é reservado para divulgação dos comentários e textos produzidos pelos(as) aluno(as) da Oficina da PalavraOi, Cyntia,Logo que acabou o curso de redação, fiz a prova do IFSC, lembra? Então, o resultado saiu e eu passei! Tirei 8 na redação, fiquei em 5º no curso de Sistemas de Energia, e 28º geral! Estou muito feliz, e gostaria de agradecer todas as dicas e por ter cuidado da minha redação nesses primeiros meses do ano. Agradeço mesmo de coração, vendo o resultado e vendo que você me ajudou muito. Em troca desse auxílio, quando alguém me pergunta que curso de redação fazer, não tenho dúvida de logo dizer nome, local e telefone de onde te encontrar![...][...]Mais uma vez obrigado por tudo Cyntia.Beijos e abraços.Att. Matheus Rosa”10/07/2010—————————————————Exemplo de carta argumentativaAutor: Matheus Rosa – 1º semestre de 2010Carta do retiranteRio Preto, 7 de maio de 1954Caro seu Sebastião,Peço que pra quem for ler esta carta ao seu Sebastião, leia com calma para queesse humilde e bom senhor entenda tudo que tenho para lhe contar.Aqui quem escreve é o seu amigo cabra da peste que, por não escutar seusconselhos, entrou em um barco em direção a Recife, viajou por cinco dias, depois mais um dia rumo a São Paulo, de carroça com outros homens severinos, pensando chegar à prospera cidade industrial.Pois bem, amigo, nessa minha tentativa de sair da morte e encontrar a vida, aminha não mudou muito da que era antes. Trabalho em uma fábrica, continuo tendo uma vida anônima, suja e pobre; trabalho incansavelmente horas por dia, tenho tempo apenas de me encostar na parede de um barraco onde moro, em um morro perto da fábrica, fechar e abrir os olhos e voltar ao trabalho.Tião, tu és meu anjo da guarda a quem não dei ouvidos. Como disse, minha vidanão mudou, nem é diferente da sua. Nessa viagem continuo passando fome, sendo explorado, sabendo que a expectativa de mudança é mínima, Mas há algo que perdi nessa vinda: minha família e amigos como você, Sebastião. Choro com a saudade de dividir um pão velho com vocês.De “corajoso viajante” passo a simples conselheiro, assim como você foicomigo, aviso-te de que a vida é quase a mesma, pois aqui se morre de trabalhoforçado antes dos trinta, bala perdida antes dos vinte e fome a cada dia, assim como no sertão, meu caro amigo Tião.De seu amigo, José.